Como lingüista, o objetivo central de Chomsky é construir uma teoria da linguagem. A criança que aprender sua língua nativa é a imagem a que Chomsky retorna repetidamente, enfatizando o paralelo entre crianças e o lingüista, até o ponto em que se torna difícil discriminar sua teoria da linguagem e sua visão sobre é a aquisição da linguagem.
Chomsky enfatiza a importância central da criatividade lingüística, isto é, a capacidade do falante nativo de produzir e compreender frases da língua que nunca ouviu anteriormente.
Ele sustentava que o falante nativo tem acesso a um conhecimento sobre a estrutura de sua língua que orienta no uso dela. A esse conhecimento Chomsky chama de competência lingüística. Também parece haver um período crítico com para a aquisição da linguagem: os adultos têm dificuldade muito maior que as crianças de escola primária. Chomsky afirmou que, por volta de 5 anos quase todas as crianças já aprenderam as estruturas básicas de sua língua.
Concluindo, portanto, Chomsky não nos fornece uma teoria da aquisição da linguagem. Fez certas afirmações sobre a natureza do problema e apontou alguns modos aos quais se deveriam restringir as explicações do processo.
Sua argumentação tem dois aspectos. Em primeiro lugar, existe a questão empírica de saber em que estágio as crianças são capazes de formular juízos gramaticais sobre frases isoladas.
Segundo aspecto da argumentação consiste chamar a atenção para aquilo que as crianças podem fazer muito bem. Desde uma idade muito tensa, elas parecem comunicar-se com grande fluência, produzindo o enunciados que não são apenas notavelmente bem formulados, segundo os padrões dos lingüistas, mas também adequados ao contexto social em que se encontram os falantes. Assim as crianças aprendem muito mais sobre a linguagem que as regras de gramática.
Muitas pessoas que trabalham com crianças consideram a descrição de Chomsky do objeto da aprendizagem da criança, na melhor das hipóteses, como restritivas ou desinteressante e, na pior, como enganosa.
Chomsky enfatizou o papel do ambiente na aprendizagem da língua, sustentando que, a despeito das amplas diferenças de antecedente sociais, riqueza de estimulação ou origem cultural, todas as crianças dominam um conjunto de estruturas lingüísticas fundamentais aproximadamente em torno da mesma idade. É também evidente que, no estágio pré-escolar, as crianças captam com muita rapidez os indícios das intenções dos adulto e utilizam essa propriedade como auxiliar para dar sentido aos enunciados destes.
A informação mais ambiciosa que apóia a base biológica da capacidade para a linguagem é que há um período crítico para a aquisição da linguagem, a saber, entre 18 meses e o início da puberdade, na maioria das pessoas. Nesse período, espera-se que a aquisição da linguagem se dê normalmente, porém, fora dele, ela se torna difícil, se não impossível.
Atualmente, existem provas de que é possível detectar um certo grau de especialização funcional dos hemisférios muito antes de a criança atingir os 18 meses de idade, a especialização da função cerebral da função, talvez se inicia muito antes do começo da aquisição da linguagem.
É bem conhecido o fato de que Chomsky acredita num forte componente inato da aquisição da linguagem. Em vez de se buscarem os mecanismos pelos quais uma criança aprende sua língua, a atenção tem se concentrado nos padrões de desenvolvimento, caracterizando o modo como o produto desses mecanismos se modifica ao longo do tempo e tentando determinar quantas semelhanças existe entre as crianças.
Embora existam dúvidas em torno do valor da teoria behaviorista da aprendizagem como a explicação para a aquisição da linguagem em condições normais, há pelo menos uma área em que sua contribuição é amplamente reconhecida: a do tratamento dos distúrbios da linguagem na infância.
É raro as crianças sofrerem de deficiências da linguagem isoladas de outras formas de deficiência, pois um grande número de fatores implicam no processo de aquisição de uma segunda língua, fatores esses que podem ser emocionais e sócio-culturais.
Aprender uma nova língua proporciona ao indivíduo a oportunidade de vivenciar novas situações desenvolvendo com isso sua comunicação, que é muito importante também fora do ambiente escolar, ou seja, é necessário desenvolver alguns processos cognitivos que servirão de subsídios para ter um melhor desempenho nas outras áreas do conhecimento.
No processo de ensino da língua estrangeira levam-se em conta quatro habilidades básicas, ler, ouvir, falar e escrever, mas os especialistas já não restringem os conhecimentos lingüísticos às quatro habilidades básicas. A tendência é considerar as circunstâncias, pois as pessoas normalmente usam simultaneamente mais do que uma habilidade, ou seja, além das básicas, são incorporadas uma série de mini-habilidades.
Para o ensino de uma língua estrangeira devem-se abolir essas distinções de habilidades em uma aula comunicativa, pois trabalhando de forma integrada e promovendo a interação entre as habilidades ao escolher as atividades, ajuda no desenvolvimento dessas habilidades nos alunos.
BROWN, H. Douglas. Principles of language learning and teaching. 3rd ed. New Jersey – USA: Prentice-Hall. 1994.
HARMER, Jeremy. The practice of English language teaching. 3rd ed. U. K.: longman. 2001.
HOLDEN, Susan; ROGERS, Mickey. O ensino da língua inglesa. 1ªed. São Paulo – SP: Special book services livraria, 2001.